Roteiro mundo dos trabalhos
Museu da Imigração




História
[1] O Museu da Imigração do Estado de São Paulo preserva a história das pessoas que chegaram ao Brasil por meio da Hospedaria de Imigrantes do Brás, e o relacionamento construído, ao longo dos anos, com as diversas comunidades representativas da cidade e do estado. A história do Museu da Imigração tem como ponto de partida o projeto da Hospedaria de Imigrantes do Brás. Após as primeiras leis abolicionistas, a imigração tornou-se uma saída para suprir a falta de mão de obra barata. Soma-se a esse contexto a situação de miséria e fome na Europa no fim do século 19 e início do 20. Assim, o Brasil, e mais notadamente São Paulo, principal produtor de café, desenvolveram políticas de imigração, nas quais se insere o sistema de hospedarias, criadas para acolher imigrantes que vinham trabalhar nas lavouras e no início da indústria.
[2] O Museu da Imigração do Estado de São Paulo (IM) é um local de história e memória que ocupa o prédio centenário da antiga Pousada do Imigrante de São Paulo, por onde passaram mais de 2,5 milhões de pessoas entre 1887 e 1978. Alguns deles vieram de outros estados do Brasil, mas a maioria absoluta eram imigrantes vindos de mais de setenta nações diferentes. A construção da pousada teve início em 1886 devido ao iminente fim da escravidão (em maio de 1888) e à expansão dos cafezais no Rio de Janeiro e principalmente em São Paulo. Na época, a introdução de trabalhadores do exterior parecia ser a solução para a transição entre o trabalho escravo e o assalariado. Além disso, a medida foi vista como contribuindo para o branqueamento da população, tão almejado por um importante grupo de elites.
Citação
[3] De acordo com Victor (2019, p. 33) “O museu foi oficialmente criado a partir do decreto estadual n° 36.987 de 25 de junho de 1993, assinado pelo Governador Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB), com a intenção de “levantar dados, recolher objetos e os documentos relacionados á imigração ocorrida no estado de São Paulo, cujo valor histórico, sociológico ou artístico recomende sua preservação em arquivo especializado, para exposição ao público”.
[4] Segundo Santos (2021, p. 5) “Ao enfrentar o fechamento das instituições culturais em março de 2020, por conta da pandemia, deparamo-nos com uma situação que colocava em risco a construção dialógica de participação e colaboração dos últimos anos, uma vez que, em sua essência, nosso contato com os migrantes contemporâneos se dava de maneira presencial. Além disso, a novidade da situação pandêmica claramente trazia o desafio de encontrar o lugar de mediação que o Museu da Imigração deveria ocupar nos novos debates sobre as migrações contemporâneas que se abriam”.
Referências
[1] Descritivo extraído do site oficial. Disponível em: https://museudaimigracao.org.br/sobre-o-mi/o-museu
[2] Nelly de Freitas, Museu DA I MIGRAÇÕES DO E ESTADO DE SÃO PAULO , São Paulo, Brasil. The American Historical
Review , Volume 124, Edição 5, Dezembro 2019, Páginas 1800–1802. Disponível em : https://academic.oup.com/ahr/articleabstract/124/5/1800/5673058?redirectedFrom=fulltext#no-access-message
[3] VICTOR, Letícia Suárez. Imigração musealizada: a formação das coleções dos museus de imigração de São Paulo e de
Paris. 2019. Dissertação (Mestrado em Museologia) – Museologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.
Disponível em : https://teses.usp.br/teses/disponiveis/103/103131/tde-25102019-
120822/publico/leticiasuarezvictormuseologiacorrigida.pdf
[4] SANTOS, T. H.; RAMALHO, G. Escuta em tempos de pandemia: participação em museus a partir da experiência do
Museu da Imigração do Estado de São Paulo. Simbiótica. Revista Eletrônica, [S. l.], v. 8, n. 2, p. 92–114, 2021.
Disponível em: https://periodicos.ufes.br/simbiotica/article/view/36380/23830
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