MOINHO

MATARAZZO

História

Localizado na região do Brás, bairro que também foi fortemente influenciado pela industrialização e movimento operário. A região ficou conhecida principalmente pela tecelagem, a indústria têxtil e a comercialização de bens ligados a essa produção. Até hoje o bairro mantém essa tradição, sendo um grande centro comercial da cidade.

Com a imigração, a farinha de trigo passou a ter maior importância no cenário de consumo brasileiro – que até então era permeado majoritariamente pela farinha de milho e mandioca – o que proporcionou o crescimento de moinhos para a produção desse bem. Foi nesse contexto que ocorreu o surgimento do moinho Matarazzo em 1900, na virada do século, período em que essas mudanças na região estavam se tornando maiores. A família Matarazzo foi, assim como os Crespi, imigrantes italianos que iniciaram grandes indústrias em São Paulo. 

O moinho se localizava na região pela proximidade com a ferrovia, que era o maior meio para escoar a produção e receber a matéria prima, assim como a presença de uma grande população de origem italiana no bairro e arredores.

De grande importância por ser parte intrínseca da história da indústria e do movimento operário e consequentemente da própria cidade de São Paulo, o Moinho não é utilizado e preservado do modo mais apropriado. Ou seja, parte do seu complexo está amplamente abandonada e sem uso, outro espaço  é utilizado como depósito e foi adaptado para essa função. Porém, é possível visualizar como o espaço, mesmo tombado, não é conservado e sofre com a vandalização constante.

“Para além de sua importância do ponto de vista da história empresarial, este tombamento é representativo como lugar de memória dos trabalhadores e da luta por melhores condições de trabalho.”

Moinho Matarazzo através dos anos

O Moinho desde sua fundação em 1900 até o posterior fechamento e tombamento do mesmo.

Localização e como chegar

O Moinho fica localizado na esquina da Rua Monsenhor Andrade e da Rua do Bucolismo, no Brás. É um local de fácil acesso por estar próximo da estação Brás, em que é possível ter acesso a linha 3-Vermelha, linha 11-Coral e linha 12-Safira, de aproximadamente 12 minutos. O local não é aberto para visitações, mas é possível ver a fachada do complexo pela rua.

O que tem perto do Moinho

Para completar a experiência de visitar o Brás, também pode ser interessante aproveitar para comer na região. Assim, é uma boa oportunidade para conhecer um pouco mais da cultura do bairro ao mesmo tempo em que entende mais as influências do movimento operário e da imigração na região. 

Restaurantes

Imagem de uma pizza cortada

J César Restaurante: Rua da Alfândega, 200 

Cantina do Gigio: Rua do Gasômetro, 254

Santa Rosa do Brás: Rua da Alfândega, 317 

Restaurante Tauá CearáRua Benjamim de Oliveira, 85

Continue explorando nosso roteiro

Descubra mais sobre

Moinho Matarazzo – CONDEPHAAT: http://condephaat.sp.gov.br/benstombados/moinho-matarazzo/

Francisco Matarazzo: https://pioneiros.fea.usp.br/francisco-matarazzo/

Referências

Bardese, Cristiane Ikedo. Arquitetura industrial. Patrimônio edificado, preservação e requalificação: o caso do Moinho Matarazzo e Tecelagem Mariângela. São Paulo, 2011. Disponível em <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-19012012-135043/en.php>